Popverso: Hanson volta ao Brasil em outubro com novo trabalho

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No mesmo ano, uma banda composta por três irmãos originários de Tulsa, no estado de Oklahoma, nos Estados Unidos, alcançou a fama com uma música intitulada “MMMBop”. O sucesso foi tão marcante que, se você já estava vivo naquela época, certamente leu o nome da canção cantarolando a melodia; era impossível ficar indiferente aos Hanson.

Naquela época, o que capturava a atenção de todos era não apenas o talento natural para compor canções de pop rock, mas também a faixa etária dos rapazes: Taylor, o tecladista e um dos vocalistas, tinha apenas 13 anos; Isaac, o guitarrista e também vocalista, era o mais velho, com 16 anos, enquanto Zac, que impressionava ao tocar bateria com a destreza de um adulto experiente, contava apenas 11 anos.

Atualmente, o que verdadeiramente impressiona é o amor pela música em si. Em uma breve conversa com os irmãos, torna-se evidente que a paixão pelo que fazem é o principal motivo para a longevidade do grupo. “É muito divertido poder fazer coisas assim depois de três décadas e ainda estar encontrando maneiras de se desafiar criativamente”, afirma Zac.

Fundado em 1992, o Hanson celebra 30 anos de carreira divulgando o sétimo e mais recente álbum, “Red Green Blue”, lançado neste ano. A proposta do álbum é bastante intrigante, apresentando 15 músicas divididas em três partes, cada uma contendo cinco composições de um dos irmãos. “Muitos artistas competem com outros artistas de sucesso; nós competimos mais uns com os outros”, comenta Zac.

A ideia é arriscada, pois há o risco de o projeto parecer desorganizado e sem foco. No entanto, os irmãos se esforçaram para garantir que tudo soasse orgânico e natural, mesmo com as diferentes visões e influências de cada um. Isaac direciona suas composições para um estilo mais folk, com toques de country; Taylor traz canções acústicas e teclados; Zac apresenta a parte mais versátil do álbum, indo desde uma canção no estilo das “oldies” dos anos 50 (“Where I Belong”) até elementos mais modernos em faixas como “Bad”.

O sucesso do álbum reside exatamente nisso: apresentar as diversas referências de cada membro e, ainda assim, soar como uma banda coesa e bem entrosada. De acordo com Isaac, “a ideia era fornecer essa ‘cola’. Se tivéssemos feito de outra maneira, poderia ter ficado tudo muito diferente de uma maneira ruim”.

Para quem deseja conferir como o novo material soa ao vivo, ou mesmo para quem busca um valor nostálgico, os Hanson farão sete shows no Brasil em outubro, incluindo cidades como Porto Alegre, Curitiba, Ribeirão Preto, São Paulo, Uberlândia, Brasília e Rio de Janeiro.